segunda-feira, 19 de abril de 2010

Belo Monte: o saudosismo ultraconservador do PT



O PT tem de acabar com essa história de tratorar a sociedade brasileira.


Essa, aliás, é uma postura arrogante e autoritária que até desmerece a história de um partido que emergiu dos movimentos sociais.


É preciso “gastar cuspe”, convencer. Discutir Belo Monte democraticamente, com o conjunto da sociedade brasileira, em especial os amazônidas.


Mas, debater de verdade – e não num arremedo de audiências públicas, articuladas para dar um ar de legalidade a esse projeto.


Não pode o PT, por interesses simplesmente eleitoreiros, diga-se de passagem, ignorar a sociedade civil organizada, de cuja vitalidade, aliás, depende a própria Democracia.


E é preciso que o PT compreenda que não está a lidar com o falecido ACM ou com um Paulo Maluf da vida – mas, com cidadãos que se dedicam, há décadas, a defender os interesses coletivos.


Não basta dizer que Belo Monte não repetirá os erros do passado. É preciso provar tal assertiva.


E é preciso, também, parar com essa falácia de que os países do Primeiro Mundo, para se desenvolver, destruíram as suas florestas.


Ora, se é para retroagir, a repetir os erros do passado, por que nos indignarmos diante da invasão de países menos desenvolvidos, ou do extermínio de outras culturas?


Por que não explorarmos o trabalho fabril de mulheres e crianças?


Na verdade, essa insistência no binômio desenvolvimento/devastação, com a desculpa de que foi a base do desenvolvimento dos séculos anteriores, é argumento simplesmente insustentável.


E, paradoxalmente, no caso do PT, um saudosismo ultraconservador.


Porque tentar empurrar Belo Monte goela abaixo da sociedade brasileira é repetir, sem tirar nem por, os erros, a arrogância e o autoritarismo do regime militar.


É preciso parar Belo Monte e exaurir o debate.


É preciso respeitar a Democracia e os movimentos sociais.


Quem se opõe a Belo Monte não o faz no interesse próprio ou por querer “perpetuar a pobreza na Amazônia”.


O que se quer é encontrar formas menos nocivas de progresso.


Um progresso, afinal, compatível com o avanço tecnológico e a pujança democrática deste Terceiro Milênio.


FUUUUIIIIIIII!!!!!!!!!

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Aqui, para quem quiser conhecer, a análise de vários especialistas sobre o Estudo de Impacto Ambiental de Belo Monte.



http://www.internationalrivers.org/files/Belo%20Monte%20pareceres%20IBAMA_online%20(3).pdf

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